Espaço reservado pros meus momentos pseudo-intelectuais.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Enfim...

Bem pessoal...

No último post, falei sobre o resultado na I Etapa do Campeonato Catarinense de Duathlon Terrestre, e que eu viria a fazer as duas próximas etapas do Brasileiro.

Não sei se eu sou meio maluco, mas a realidade é que eu gosto muito de fazer este tipo de prova! Muitos falam que o Duathlon Olímpico, onde se corre 10km em nível de esforço igual ou superior a uma corrida de rua solo para nós triatletas, um pedal de 40km com vácuo e mais uma corrida de 5km com o que restou, é a modalidade que envolve mais sofrimento das variantes do triathlon/duathlon.


Eu nunca fiz um Ironman. A prova mais longa que já fiz foi um 70.3, e, dentre todas as que eu já fiz, de fato a mais dolorida foi o Duathlon Olímpico. Mas, eu gosto. Gosto pra caramba de fazer e de treinar para a temporada de duathlons.


Este período que compreende o mês de de maio até o mês de setembro, onde aqui no sul é inverno, deveria ser utilizado por todos os triatletas competitivos como uma grande ferramenta para melhorar a sua corrida, visto que o calendário estadual e nacional de duathlons é extenso. Isto pra mim, muito mais do que gostar de fazer estas provas, sempre serviu como ferramenta para me evoluir. E é, justamente depois desta temporada de duathlons, que a minha corrida troca de patamar. Neste ano não foi diferente.


Após a prova de Brusque, viajamos para BH para a II Etapa do Brasileiro de Duathlon, na distância short. Apesar de ter descansado para a prova, me senti estranho na primeira corrida. Depois da passagem dos 3km, meu corpo deu uma apagada, mesmo passando no ritmo pretendido. De qualquer forma, consegui segurar a 2a colocação na categoria Sub23, que é uma categoria de alto rendimento dificilima. Fiquei satisfeito com o resultado mas não com a performance. Bola pra frente.






Depois desta prova, a próxima que viria era a última etapa, em Barueri/SP, na distância olímpica: 10km/40km/5km. Não fiz nada no treino além de manter o que tinha adquirido na pré-temporada e me manter descansado para a prova, apesar de as pessoas mais próximas de mim acharem que eu não descanso muito (risos). Tratei de me alimentar bem e principalmente cuidar da hidratação, pois esta prova, que é mais longa e mais dura, exige que o corpo esteja inteiramente alinhado. Isto não foi difícil fora de casa, visto que, meu companheiro de quarto, Diefferson Félix, também é um cara muito focado nestes detalhes.


Larguei neste domingo com a intenção de fazer o meu melhor e conseguir um outro bom resultado na Sub23. Saí no ritmo planejado (diferente das provas de 5km onde passo o primeiro km normalmente muito mais forte do que o ritmo de cruzeiro) e terminou que corremos os 10km para 35'15, num grupo de 7 atletas. Fiquei muito satisfeito com a minha corrida, pois estou treinado para realizá-la desde novembro do ano passado, mas até então não tive a oportunidade de testá-la numa corrida de 10km puro. E pensar que há cerca de 4 anos atrás eu estava correndo os 10km para 53min. O melhor de tudo é que eu estava num grupo bom, e isto significaria um bom ciclismo, com possibilidade de pegar os atletas que corriam melhor. Buscamos o Leandro, líder da Sub23 naquela prova, e minha preocupação era em controlá-lo. Nesta prova, o ciclismo foi muito "violento". O ritmo no plano estava bom, mas o pessoal estava animado mesmo para tentar ataques e fugas. Tive de me defender sempre e, tentamos uma fuga na última perna, onde não obtivemos sucesso. Foi aí que vi que o atleta da Sub23 havia sobrado, em uma das fugas, mas não consegui perceber o quanto. Finalizamos os 40km com uma média de 40km/h, o que é bom para esta prova. Éramos o segundo pelotão da prova, enquanto no primeiro estavam Danilo Pimentel, Diefferson Félix, Mansur, Balman, Turco, Ernani e Anderson Ferreira. A saída para os 5km é sempre sobrevivência. Não passei tão forte porque sabia que o atleta da Sub não saiu junto no grupo, mas não passei fraco o suficiente pra deixar chegar perto. Mantive 3'40/km até o retorno do 2,5km, que, foi quando virei, e, para minha surpresa, ele estava quase 2min atrás. Aí eu fiquei realmente tranquilo e tratei de chegar sem quebrar, já sentindo um pouco de cãimbras e cansaço absurdo. Fiquei realmente muito feliz quando cheguei!! Treinei muito pra isso! Treinei muito duro para obter um resultado digno que me deixasse pleno! Como é bom ter esta sensação!


Gostaria de frisar que nada disto nesta temporada de duathlons foi possível sem a ajuda das pessoas que estão próximas de mim. Isto é uma mistura do trabalho do meu treinador, do meu trabalho, do trabalho das pessoas que cuidam de mim, do tempo que fiquei em Campinas com a Rô, dos meus patrocinadores/apoiadores, da minha família, da minha namorada...

Gostaria de divulgar que a partir de hoje, estou com três novos apoios! Estou realmente muito feliz, porque estava namorando eles há algum tempo. Utilizarei em meu vestuário o material da Woom Techwear, maravilhoso, de qualidade impecável e utilizado pelos melhores triatletas do Brasil; reforcei a parceria do meu fisioterapeuta, Matheus Cardoso, com a sua clínica Personal Fisio - este trata os melhores atletas de Santa Catarina, como Bruno Fontes, Thiago Tavares, Cimed Voleibol; e meu nutricionista e amigo, Ricardo Goldfeder, na ajuda diária com a minha nutrição, suplementação e recuperação!


Obrigado a todos pela confiança! É um prazer e a sensação é de motivação para tentar entrar neste mundo difícil que é o triathlon profissional.


Grande beijo a todos!!