Espaço reservado pros meus momentos pseudo-intelectuais.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Um dia para recordar...

domingo, 22 de novembro de 2009

4h33!!


Toma Penhaaaa!

POOOODIO. Conto com mais detalhes quando tiver em SLZ. Tou falando do aeroporto ! OBRIGADO A TODOS, HOJE FOI MEU DIA!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Long Distance Pirassununga

Domingo! Chegou a hora...

Sem mais!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Lactato e Fadiga

Esse é um assunto que eu sempre tive vontade de escrever, principalmente pelo tanto que é embolado e discutido. Vamos tentar resumir em poucas palavras o que é fadiga e o papel do lactato nesse processo.

A fadiga normalmente pode ser enquadrada em dois aspectos, como foi falado no último post técnico. Revisando, podemos tratar de Fadiga Central e Fadiga Periférica.

A primeira normalmente está correlacionada com o sistema gerador e transmissor do estímulo para a contração muscular, em outras palavras, o Sistema Nervoso Centra - SNC. Este sistema do corpo humano é responsável pelos comandos voluntários e involuntários no corpo humano, dentre eles, a contração do músculo esquelético. Quando existe uma falha na geração/transmissão do estímulo - tal como o apagão que tomou conta do nosso país ontem -, este não chega ao músculo, impedindo que o ciclo de contração muscular tome a sua continuidade. Por este conceito entendemos a Fadiga Central.

A Fadiga Periférica, por outro lado, normalmente está correlacionada com o aspecto final da contração muscular, ou melhor, com distúrbios relacionados ao ambiente muscular, tais como desequilibrio hidro-eletrolítico, desnaturação de enzimas, depleção do glicogênio muscular, etc.

Vamos falar um pouco de metabolismo...
A geração de energia disponível para a contração muscular no corpo humano se dá através de dois grandes sistemas: anaeróbio e aeróbio; e através de três grandes substratos: carboidratos, proteínas e gorduras. Existe ainda um quarto substrato muito conhecido, porém, não por este lado.
Estamos falando do lactato, que pode ser transformado em ATP através da gliconeogênese e dar continuidade à contração muscular... (Astrand et. al., 2000)
Dentro dos dois grandes sistemas de geração de energia, o anaeróbio subdivide-se em anaeróbio alático (via ATP-CP) - sem produção de lactato, e anaeróbio lático (glicólise anaeróbia) - com produção de lactato. A produção de lactato, em âmbito bioquímico, se dá através da clivagem do ácido pirúvico em ácido lático, sinalizando o subproduto da geração de ATP através dos carboidratos (como se fosse um resíduo). Bem aqui atribui-se a presença do lactato à fadiga muscular periférica. Antes de entrarmos no mérito dessa questão, vale considerar em que condições o metabolismo anaeróbio se inicia - em intensidades de alta % do VO2máx, grande mobilização de fibras de contração rápida, alta depleção dos estoques de glicogênio, alto grau de lesão das fibras musculares (de onde de fato vem a dor), ao passo que a sensação de queimação gerada parece não estar correlacionada com a presença do lactato, e sim com a situação de esforço em débito de oxigênio. (Powers & Howley, 2002).

Então, já sabendo que a condição de metabolismo anaeróbio vem junto com vários fatores adversos, que normalmente causam dor e sensação desconfortável e que são atribuídas ao lactato, vamos entrar no mérito do próprio, lembrando que este, por si só, é transformado em ATP e utilizado como energia para a contração muscular.

A desnaturação das enzimas, que é um dos fatores para a fadiga periférica, se dá através da redução do pH sanguíneo. Por definição, o pH reflete a concentração de íons H+ em determinada solução. Quando acontece a redução do pH sanguíneo, a desnaturação das enzimas responsáveis pela geração de energia acontece, causando falha no aproveitamento do ATP biodisponível. O lactato atua somente como um sinalizador, pois a presença de íons H+ (este sim responsável pela acidose metabólica) é diretamente proporcional à concentração de lactato, já que está correlacionada com a sua geração. Sendo assim, o coitado do lactato nem de longe é o vilão que tanto se fala.

Para a fadiga periférica podemos atribuir alguns fatores, que normalmente aparecem conjuntamente, não sendo plausível atribuir causa única: depleção das reservas de glicogênio, distúrbios hidroeletrolíticos, lesão muscular e processo inflamatório, débito de oxigênio, desnaturação das enzimas responsáveis pelo aproveitamento do ATP, etc.

Espero que o post tenha sido um tanto esclarecedor... Vou tentar fazer mais posts técnicos.
Um abraço!!

Lucas Helal
Presidente da LACE - Liga Academica de Ciencia do Esporte
Graduando em Educação Física