Bem pessoal...
No último post, falei sobre o resultado
na I Etapa do Campeonato Catarinense de Duathlon Terrestre, e que eu
viria a fazer as duas próximas etapas do Brasileiro.
Não
sei se eu sou meio maluco, mas a realidade é que eu gosto muito de fazer
este tipo de prova! Muitos falam que o Duathlon Olímpico, onde se corre
10km em nível de esforço igual ou superior a uma corrida de rua solo
para nós triatletas, um pedal de 40km com vácuo e mais uma corrida de
5km com o que restou, é a modalidade que envolve mais sofrimento das
variantes do triathlon/duathlon.
Eu nunca fiz um Ironman. A prova mais longa que já fiz foi um
70.3, e, dentre todas as que eu já fiz, de fato a mais dolorida foi o
Duathlon Olímpico. Mas, eu gosto. Gosto pra caramba de fazer e de
treinar para a temporada de duathlons.
Este período que compreende o mês de de maio até o mês de
setembro, onde aqui no sul é inverno, deveria ser utilizado por todos os
triatletas competitivos como uma grande ferramenta para melhorar a sua
corrida, visto que o calendário estadual e nacional de duathlons é
extenso. Isto pra mim, muito mais do que gostar de fazer estas provas,
sempre serviu como ferramenta para me evoluir. E é, justamente depois
desta temporada de duathlons, que a minha corrida troca de patamar.
Neste ano não foi diferente.
Após a prova de Brusque, viajamos para BH para a II Etapa do
Brasileiro de Duathlon, na distância short. Apesar de ter descansado
para a prova, me senti estranho na primeira corrida. Depois da passagem
dos 3km, meu corpo deu uma apagada, mesmo passando no ritmo pretendido.
De qualquer forma, consegui segurar a 2a colocação na categoria Sub23,
que é uma categoria de alto rendimento dificilima. Fiquei satisfeito com
o resultado mas não com a performance. Bola pra frente.
Depois desta prova, a próxima que viria era a última etapa, em
Barueri/SP, na distância olímpica: 10km/40km/5km. Não fiz nada no treino
além de manter o que tinha adquirido na pré-temporada e me manter
descansado para a prova, apesar de as pessoas mais próximas de mim
acharem que eu não descanso muito (risos). Tratei de me alimentar bem e
principalmente cuidar da hidratação, pois esta prova, que é mais longa e
mais dura, exige que o corpo esteja inteiramente alinhado. Isto não foi
difícil fora de casa, visto que, meu companheiro de quarto, Diefferson
Félix, também é um cara muito focado nestes detalhes.
Larguei neste domingo com a intenção de fazer o meu melhor e
conseguir um outro bom resultado na Sub23. Saí no ritmo planejado
(diferente das provas de 5km onde passo o primeiro km normalmente muito
mais forte do que o ritmo de cruzeiro) e terminou que corremos os 10km
para 35'15, num grupo de 7 atletas. Fiquei muito satisfeito com a minha
corrida, pois estou treinado para realizá-la desde novembro do ano
passado, mas até então não tive a oportunidade de testá-la numa corrida
de 10km puro. E pensar que há cerca de 4 anos atrás eu estava correndo
os 10km para 53min. O melhor de tudo é que eu estava num grupo bom, e
isto significaria um bom ciclismo, com possibilidade de pegar os atletas
que corriam melhor. Buscamos o Leandro, líder da Sub23 naquela prova, e
minha preocupação era em controlá-lo. Nesta prova, o ciclismo foi muito
"violento". O ritmo no plano estava bom, mas o pessoal estava animado
mesmo para tentar ataques e fugas. Tive de me defender sempre e,
tentamos uma fuga na última perna, onde não obtivemos sucesso. Foi aí
que vi que o atleta da Sub23 havia sobrado, em uma das fugas, mas não
consegui perceber o quanto. Finalizamos os 40km com uma média de 40km/h,
o que é bom para esta prova. Éramos o segundo pelotão da prova,
enquanto no primeiro estavam Danilo Pimentel, Diefferson Félix, Mansur,
Balman, Turco, Ernani e Anderson Ferreira. A saída para os 5km é sempre
sobrevivência. Não passei tão forte porque sabia que o atleta da Sub não
saiu junto no grupo, mas não passei fraco o suficiente pra deixar
chegar perto. Mantive 3'40/km até o retorno do 2,5km, que, foi quando
virei, e, para minha surpresa, ele estava quase 2min atrás. Aí eu fiquei
realmente tranquilo e tratei de chegar sem quebrar, já sentindo um
pouco de cãimbras e cansaço absurdo. Fiquei realmente muito feliz quando
cheguei!! Treinei muito pra isso! Treinei muito duro para obter um
resultado digno que me deixasse pleno! Como é bom ter esta sensação!
Gostaria de frisar que nada disto nesta temporada de duathlons
foi possível sem a ajuda das pessoas que estão próximas de mim. Isto é
uma mistura do trabalho do meu treinador, do meu trabalho, do trabalho
das pessoas que cuidam de mim, do tempo que fiquei em Campinas com a Rô,
dos meus patrocinadores/apoiadores, da minha família, da minha
namorada...
Gostaria de divulgar que a partir de hoje,
estou com três novos apoios! Estou realmente muito feliz, porque estava
namorando eles há algum tempo. Utilizarei em meu vestuário o material da
Woom Techwear, maravilhoso, de qualidade impecável e utilizado pelos
melhores triatletas do Brasil; reforcei a parceria do meu
fisioterapeuta, Matheus Cardoso, com a sua clínica Personal Fisio - este
trata os melhores atletas de Santa Catarina, como Bruno Fontes, Thiago
Tavares, Cimed Voleibol; e meu nutricionista e amigo, Ricardo Goldfeder,
na ajuda diária com a minha nutrição, suplementação e recuperação!
Obrigado a todos pela confiança! É um prazer e a sensação é de
motivação para tentar entrar neste mundo difícil que é o triathlon
profissional.
Grande beijo a todos!!
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